A varíola dos macacos é uma doença viral zoonótica transmitida aos humanos através do contato com um animal infectado ou humano ou material do corpo humano contendo o vírus.
Em 23 de julho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença uma emergência de saúde pública global.
Ou seja, foi uma doença que se espalhou de alguma forma e preocupou entidades, órgãos públicos de saúde e até empresa de segurança do trabalho, por exemplo.
Se você tem dúvidas sobre o que é de fato a doença varíola dos macacos, quais os sintomas, cuidados e prevenção para evitar a contaminação, continue lendo este artigo que preparamos com informações completas.
O que as Varíola do Macacos, afinal?
A varíola dos macacos é uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente também pode infectar humanos – que costuma ser encontrada nas áreas florestais da África Central e Ocidental.
No entanto, a doença se alastrou em outros países e atingiu tanto pessoas que trabalham em empresas de usinagem perto de campos silvestres, como quem trabalha em escritórios nos centros das cidades.
A doença é causada pelo vírus monkeypox, que pertence à família Orthopoxvírus. Existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o vírus da África Ocidental e o vírus da Bacia do Congo (África Central).
Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes resulte em doença grave em alguns indivíduos, ela geralmente se resolve sozinha (não requer tratamento).
O vírus da África Ocidental tem uma taxa de mortalidade de 1%, enquanto o vírus da Bacia do Congo tem uma taxa de mortalidade de 10%.
Mas mesmo não tendo uma mortalidade alta, é preciso manter os mesmos cuidados para evitar contrair a varíola dos macacos, desde o uso de máscara e álcool gel, até a esterilização de instrumentos de laboratório de química no trabalho.
As crianças também correm mais riscos, incluindo as mulheres grávidas, que podem ter complicações e estimular a varicela congênita no bebê. Aliás, esse é um dos alertas principais da OMS quanto a essa doença.
Quais são os sintomas?
A varíola dos macacos tem sintomas bem comuns a outras doenças virais, mas com o destaque para as erupções na pele. Resumidamente, os sintomas são:
- Irritação na pele;
- Febre;
- Náusea;
- Fadiga;
- Dor nas costas;
- Arrepios;
- Linfócitos inchados;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular.
As erupções cutâneas, que são um sintoma clássico da doença, aparecem dentro de um a três dias após o paciente desenvolver febre.
Então, se você trabalha com aluguel de cadeira de rodas e foi a alguma área mais afastada da cidade que tenha floresta para entregar uma cadeira e começou a ter alguns desses sintomas, então vá ao médico para confirmar o diagnóstico e começar o tratamento.
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa e é importante procurar atendimento médico ao menor sintoma.
A varíola dos macacos é grave?
Na maioria dos casos, os sintomas da doença desaparecem sem tratamento, mas alguns pacientes podem desenvolver complicações, inclusive a morte.
Recém-nascidos, crianças e pessoas com sistema imunológico comprometido são mais propensos a desenvolver casos graves.
A varíola dos macacos pode ter algumas complicações agravantes, como infecções de pele, pneumonia e infecções oculares, que caso não sejam tratadas a tempo, podem levar à perda da visão.
Por isso que, assim como é indispensável às empresas terem a auto de vistoria do corpo de bombeiros, as pessoas devem tomar precauções em locais de risco que podem vir a contrair a doença.
Mas é importante destacar que, segundo a OMS, de 3% a 6% dos casos resultam em morte em países endêmicos.
As lesões aparecem primeiro no rosto e se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Eles se concentram no rosto, mãos e pés.
Essas lesões, que podem coçar, podem ser planas ou levemente elevadas e preenchidas com líquido claro ou amarelado. Eles geralmente formam crostas que secam e caem. O número de erupções cutâneas varia muito entre as pessoas, de acordo com a OMS.
A duração desses sintomas costuma ser de duas a quatro semanas, desaparecendo por aos poucos conforme a imunidade for combatendo.
Como funciona o contágio?
A varíola de macaco pode se espalhar para humanos que entraram em contato com um animal infectado – roedores e primatas – vivos ou mortos.
Em países endêmicos onde os animais carregam o vírus, todos os alimentos que contenham carne ou partes desses animais devem ser completamente tratados termicamente antes do consumo de acordo com as recomendações da OMS.
A transmissão do vírus entre pessoas ocorre por meio do contato físico com uma pessoa infectada (quando apresenta sintomas).
Lesões cutâneas e fluidos corporais são altamente infecciosos, pois podem ser transmitidos através de roupas, toalhas, lençóis, copos, pratos e talheres usados por um paciente com infecção ativa.
É por isso que é importante ter barra de segurança para banheiro em sanitários públicos, e papéis destacáveis com máquinas de secar a mão a vapor.
O vírus também pode ser transmitido pela saliva, principalmente se ele tiver uma ferida no corpo ou na boca.
As pessoas que estão em contato próximo com pessoas infectadas, incluindo profissionais de saúde, familiares e parceiros sexuais, correm maior risco de infecção.
A varíola também pode ser transmitida de uma pessoa grávida infectada para o feto através da placenta, e de uma pessoa infectada para o bebê durante e após o parto através do contato pele a pele.
Segundo a OMS, ainda não há informações suficientes para dizer se pessoas sem sintomas podem transmitir a doença.
A varíola dos macacos é sexualmente transmissível?
O fato de a doença causar lesões que também podem ser genitais e orais provavelmente contribui para a transmissão sexual. Mas a OMS adverte que ainda não se sabe se a infecção pode ser transmitida por sêmen ou fluidos vaginais.
A varíola de macaco pode ser transmitida através do contato pele a pele durante o sexo, incluindo beijo, toque, sexo oral e penetração com alguém que apresenta sintomas.
Uma erupção causada pela varíola dos macacos pode se assemelhar a herpes e sífilis, duas infecções sexualmente transmissíveis.
Para as autoridades de saúde, isso pode explicar por que vários casos foram identificados este ano entre homens que procuram atendimento em clínicas de saúde sexual.
O que fazer em caso de suspeita?
O atendimento aos casos suspeitos de varíola símia está disponível na rede de saúde do município, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), pronto atendimento e emergência.
A rede possui insumos para coleta de amostras de lesões de pele (secreções ou partes secas de feridas) para análise laboratorial.
Em caso de suspeita de doença, o paciente deve passar por exame médico e ficar isolado durante o atendimento como prevenção contra possível contato, inclusive por gotículas.
Caso a doença seja confirmada, o caso será notificado à Unidade de Vigilância Sanitária (Uvis) e à Vigilância Epidemiológica do seu estado.
A UBS de referência é responsável pela vigilância diária dos comunicantes para verificar a presença de sinais e sintomas da varíola símia.
Um paciente confirmado deve permanecer em isolamento até que a erupção esteja completamente resolvida, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camada de pele intacta tenha se formado.
Existe uma vacina contra a varíola dos macacos?
Algumas vacinas imunizantes protegem contra a varíola dos macacos estão sendo utilizadas para imunizar a população contra essa doença, mas a OMS já destacou que irá promover a vacina específica contra a varíola.
As autoridades de saúde dizem que os indivíduos vacinados contra a varíola provavelmente têm alguma proteção contra o vírus da dos macacos.
No entanto, como a vacinação foi suspensa em todo o mundo quando a varíola foi erradicada em 1980, é improvável que os jovens tenham sido imunizados.
Por isso voltou à pauta para que as empresas em geral, tanto empresa de limpeza terceirizada como de logística, promovam a conscientização para a vacinação entre seus colaboradores.
Qual é o tratamento?
Mesmo que os sintomas desapareçam sozinhos sem necessidade de tratamento, é importante cuidar da lesão cutânea.
As feridas devem ser cobertas com curativo e, para lesões na boca e nos olhos, o paciente pode usar enxaguatórios bucais e colírios, desde que sejam evitados os que contêm cortisona.
De acordo com a OMS, a imunoglobulina para varíola pode ser recomendada em casos graves.
A varíola dos macacos pode se tornar uma epidemia?
Estudos sugerem que é improvável que a doença se torne uma epidemia. Para que ocorra o contágio, deve haver contato físico próximo entre uma pessoa infectada (e que apresente sintomas no momento) e um indivíduo saudável.
No entanto, o baixo risco de surto de uma doença grave não invalida todos os cuidados preventivos e campanhas de conscientização, que podem ser divulgados na internet pelos mesmos canais que divulgam balança industrial.
Não hesite em procurar atendimento médico se tiver estado em contato próximo com alguém infectado. Você pode usar o serviço de teleconsulta para atendimento 24 horas ou consultas médicas online de emergência.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.