Especialista explica o que fazer e o que não fazer durante esse processo
Dezembro de 2022 – Desde a pandemia, a onda de mulheres assumindo seus cachos e fios naturais tomou uma proporção gigantesca. Cada vez mais mulheres vem superando seus medos e inseguranças e entendendo que todos os tipos de cabelos são lindos e que não há problemas em tê-los como sempre foram.
Diante disso, a transição capilar passou a ser um dos processos mais presentes na casa das brasileiras, mas apesar de ter um motivo incrível, nem sempre é fácil. Geralmente, quem está fazendo essa mudança, espera crescer os fios até um certo tamanho e então faz o famoso big chop (BC), que corta todas as pontas lisas. As mais radicais raspam bem curtinho o cabelo e deixa com que crescem tudo de novo.
Seja por qual forma escolher, existem muitas dúvidas em torno do assunto e por isso, a Paula Breder, especialista em cachos e fundador dos fitocosméticos PB, resolveu listar 10 fatos sobre o tema:
1. Novos hábitos
Entender que para cada cabelo existe um cuidado diferente, é essencial para evitar os “choques de realidade”. Afinal, com o alisamento, bastava lavar e secar, se necessário, com os cachos é preciso um momento para defini-los também. Além disso, os produtos são outro fator que irá mudar, uma vez que o tipo do cabelo também mudou. É preciso estar atento às necessidades dos seus novos fios.
2. A transição começa antes mesmo da sua decisão
Ficou curiosa? Pois bem, a Paula explica que a partir do momento que você faz o alisamento, no dia seguinte seu cabelo já está crescendo, ou seja, mesmo antes da sua decisão final, seu cabelo já começou a passar pela transição, sendo um ato natural.
3. Evite descoloração
A descoloração traz muitas consequências, como por exemplo, a perda de formato e a sua desidratação, fazendo com que ele fique mais ressecado. A sugestão é esperar a transição acabar para tomar essa decisão, assim, pelo menos já terá conhecido melhor seus fios naturais e está preparada para cuidá-los além da preocupação com a transição, que já dá um certo trabalho.
4. Produtos anti-resíduos não ajudam
Você com certeza já ouviu falar que para ajudar a tirar uma química, como a progressiva, shampoos e cremes anti-resíduos são bons, pois aceleram esse processo. Pois é, isso é falso. Depois que o alisamento penetra os fios, não tem como voltar, já que a estrutura já foi modificada.
O que acontece de fato, é que existem produtos mais fortes e mais fracos, ou seja, que têm ações mais pesadas e longas e outras mais leves, porém, a transição ainda será necessária. Basta ter como exemplo a descoloração, depois de clarear os fios, ele não costuma voltar a cor natural magicamente, certo?
5. Excesso de cremes
Tanto as que começaram a transição, como as cacheadas amam um bom creme para ajudar a cuidar e definir os cachos e tentar dar forma a parte que ainda está lisa. Porém seu uso excessivo pode causar efeito rebote. Nesse caso, ao usar esses produtos em abundância, pode causar o Scab Hair, uma disfunção no couro cabeludo que faz com que os fios comecem a nascer sem definição. Por isso, para não gerar um “ciclo vicioso”, o ideal é tomar cuidado com a quantidade de cremes e sempre manter a saúde capilar em dia.
6. Aprender a finalização ideal
Para o cabelo cacheado ficar com sua forma bem definida, a finalização é essencial, e hoje em dia existem várias formas de fazê-la. Aproveite a transição para já estimular os fios novos com as finalizações e tentar ondular o que está liso, além de melhorar sua autoestima, ainda fará com que descubra seu método favorito, assim, quando fizer o BC já estará acostumada.
7. Para tirar o liso, precisa cortar
Esse pode ser o passo mais difícil da transição, afinal, nem todas estão acostumadas com o cabelo curtinho e todo cacheado. Mas, para poder tirar a parte lisa, a única maneira de fazer isso é cortando. Paula aproveita para dizer que se você ainda não está preparada para fazer o corte, mas não consegue lidar bem com as duas texturas, existem diversas tranças, penteados e até mesmo acessórios, como lenços, que podem ajudar nesse processo.
8. Novos produtos são essenciais
Gastar dinheiro com isso vai ser impossível de fugir, afinal, você está mudando o rumo do seu cabelo e ele precisará de cuidados novos, logos produtos destinados a ele. Contudo, é preciso tomar cuidado com os seus excessos e esquecer de tratá-lo, cuidar da saúde capilar é importante para todos, independente do tipo de cabelo.
9. Não tem como fugir da texturização
Mas antes, o que é texturização? Com a transição você se depara com o seu cabelo em duas partes: liso e cacheado. Logo, a tendência é querer deixar ele uniforme e por isso, busca formas de texturizar, seja com chapinha, escova ou babyliss.
Paula reforça que optar pelo babyliss nas pontas lisas é o melhor, uma vez que inevitavelmente aquela parte será cortada em algum momento e por isso não tem problema em usar fontes de calor nela. Ao contrário da raiz cacheada, pois apesar de não ser definitiva a chapinha e a escova podem alterar seu formato, prejudicando sua transição.
10. Não tenha pressa e entenda onde quer chegar
Alguns cabelos crescem mais rápido que outros, por isso, nunca se compare com outras mulheres. Cada transição é única e ao pensar em desistir, lembre-se do que a fez começar e entenda que para toda meta há um caminho a ser trilhado, com uma recompensa maravilhosa.
Paula Breder
Idealizadora da Filosofia PB, Paula criou uma metodologia própria de tratamento capilar. Sua pesquisa pontua a autoridade dos ativos naturais e a fitoterapia em prol da Saúde Capilar. Seus estudos apresentam os danos provocados pela química capilar. Prejuízos de cunho emocional, na estrutura capilar e na saúde das mulheres. Seu discurso empodera a imponência do cabelo natural, estimula a profissional a buscar mais conhecimento e apresenta uma perspectiva de um cabelo saudável, natural, bonito e destituído de padrões.
