As modificações e adaptações do organismo materno decorrentes da gravidez ocorrem devido a presença do feto, por meio deste o aumento do volume uterino e abdominal ocorrem para perfeita acomodação das novas estruturas e fluídos, caracterizando adaptação do organismo materno.
Segundo a fisioterapeuta, Larissa Ferreira Destefani, o aumento do volume abdominal distende as fibras elásticas da pele dispondo ao aparecimento de estrias, diástase, mudança no padrão respiratório, mudança do eixo gravitacional, desativação da musculatura estabilizadora aumentando as chances de instabilidade lombo pélvica e levando ao desconforto para andar, sentar, deitar e o aparecimento de dores nas costas das mulheres.
“Outra alteração durante a gestação é o “stress” que a musculatura do assoalho pélvico sofre pelo peso do útero. Os músculos do assoalho pélvico dão sustentação aos órgãos pélvicos e contribuem para a continência urinária e fecal”, explica a especialista.
Larissa explica que a fisioterapia pode auxiliar e contribuir para minimizar os desconfortos causados na gestação, onde os exercícios de cinesioterapia e terapia manual mantém a postura adequada, minimizando as dores lombo pélvica, sacro ilíaca, ciática, e mantendo os músculos ligados a coluna fortalecidos e em harmonia.
“Durante o trabalho de parto a gestante necessita de encorajamento para movimentar-se entre as contrações e assim facilita a decida do bebê. O fisioterapeuta junto com a equipe multidisciplinar pode auxiliar nos exercícios a serem utilizados nesse momento por meio de recursos como, exercícios de mobilidade pélvica na bola, técnicas manuais, uso eletroestimulação nervosa transcutânea ou recursos não farmacológicos e não invasivos que controlam e diminuem a dor do parto, além de adotar posturas que favoreçam o encaixe a fase de expulsão”, explica Larissa.
Ainda segundo ela o puerpério é caracterizado pelo retorno do corpo às condições antes da gravidez. A fisioterapia pode auxiliar no fortalecimento e alongamento dos músculos do assoalho pélvico. “O bebê ao nascer, vai passar pelo canal de parto, que está circundado pelos músculos do assoalho pélvico. Estes músculos necessitam de força para tolerar bem o alongamento, diminuindo o risco de lesões e mantendo suas funções íntegras”, finaliza a especialista.