“Há uma diferença entre nossa idade cronológica, aquela do registro de nascimento, e a biológica. Seu corpo pode envelhecer mais rápido ou devagar, de acordo com as suas escolhas.” Foi com essa frase que o endocrinologista Filippo Pedrinola iniciou sua palestra “Promoção da saúde e bem-estar com um olhar integral”, na Arena Bem-Estar, durante o terceiro dia da BTFF, no Expo Center Norte.
Para Pedrinola, quatro pilares merecem atenção especial porque influenciam diretamente nossa saúde e o envelhecimento: equilíbrio emocional, atividade física, hábito alimentar e espiritualidade. “Nossas escolhas vão dizer como envelheceremos. Nosso organismo precisa de estímulos para manter a saúde de estruturas como as mitocôndrias, que são fundamentais para a saúde durante toda a vida.”
Hoje, a expectativa de vida do brasileiro, segundo o médico, é de 73,2 anos. “Mas os estudos mostram que são 64 anos, em média, de boa saúde e entre 9 e 10 anos com saúde ruim.”
“Podemos mudar isso, estimular a compressão da morbidade para termos uma velhice melhor”, afirma. Para Pedrinola, os danos causados em nossas estruturas internas são as causas do envelhecimento “e não a velhice que provoca esses danos”. “Hoje já se sabe que 70% do nosso sistema imunológico está no intestino e a ociosidade e a alimentação errada afetam esse órgão trazendo problemas para a saúde e acelerando o envelhecimento.”
O exercício crônico, com equilíbrio entre treino com alta carga e baixa repetição e baixa carga com alta repetição faz toda diferença para o especialista. “Como disse o médico e filósofo Paracelso, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Por isso, buscar uma boa alimentação, realizar atividade física, ter equilíbrio emocional é a receita para envelhecer bem.”