"Vagina de boneca": por que as mulheres fazem a 'cirurgia da Barbie'?

Especialista conta como o processo funciona e os possíveis resultados para as mulheres

Ao longo da vida de uma mulher, seu corpo muda, assim como a esfera íntima. O corpo pode estar sujeito a gravidez, parto, menopausa, alterações hormonais, problemas de câncer e envelhecimento natural. Tudo isso faz com que ocorram mudanças internas e externas na área vaginal, que podem afetar sua aparência e as sensações que ela experimenta.

A médica Yara Caldato (@yaracaldato), especialista em ginecologia regenerativa, funcional e estética, oferece tratamentos inovadores de rejuvenescimento vaginal para suas pacientes. Ela tem como objetivo fornecer soluções minimamente invasivas e alcançar resultados progressivos, excluindo a necessidade de se submeter a um procedimento cirúrgico.

A ginecologista explica que: embora existam motivos físicos ou funcionais para a realização da labioplastia (desconforto ao participar de esportes como andar de bicicleta ou durante a relação sexual), a maioria das mulheres o faz devido ao relato de infelicidade com a aparência genital.

A labioplastia envolve a redução dos pequenos lábios que circundam a vagina. As mulheres que buscam o procedimento desejam uma superfície genital lisa, com pequenos lábios (os lábios internos) que não se projetam além dos grandes lábios (os lábios externos). Como resultado, essa cirurgia às vezes é apelidada de “cirurgia da Barbie”, pois essas bonecas não têm características genitais óbvias.

Pesquisas comprovam que as mulheres não têm menos problemas que os homens. Por exemplo, segundo algumas estimativas, cerca de 45% das mulheres sofrem de disfunção orgásmica, por outro — 67% são dos homens. 33% das mulheres entrevistadas hoje queixam-se de “libido adormecida”.

Entre 15-20% das mulheres têm vários distúrbios sexuais, como coito doloroso, vaginismo, hipersexualidade patológica, e existem muitas doenças “corporais” que se baseiam em um estresse psicoemocional, explica a ginecologista. Em algumas situações, o sexólogo e um psicoterapeuta podem ajudar, em outras — endocrinologista e ginecologia regenerativa funcional. Mas há problemas, que só podem ser resolvidos com cirurgia íntima.