Dra. Larissa Atala explica como o tratamento pode beneficiar mulheres em diferentes fases da vida, oferecendo alívio para problemas como atrofia vaginal e incontinência urinária
O avanço das tecnologias médicas tem proporcionado novos tratamentos para várias condições de saúde, e um dos procedimentos mais recentes na área da ginecologia é o laser de CO2 íntimo. Essa técnica inovadora tem ganhado destaque por suas aplicações no tratamento de diversas condições ginecológicas.
Segundo a médica ginecologista, Dra. Larissa Atala, o laser de CO2 íntimo é um procedimento minimamente invasivo que utiliza feixes de luz para tratar problemas na região vaginal. A tecnologia de dióxido de carbono (CO2) promove um efeito de regeneração na mucosa vaginal, estimulando a produção de colágeno e melhorando a elasticidade da região.
“Este procedimento é altamente eficaz para tratar sintomas de atrofia vaginal, que pode ocorrer devido à menopausa, alterações hormonais ou envelhecimento”, explica a médica. Ela acrescenta que o laser também é útil para mulheres que sofrem de incontinência urinária leve a moderada e para aquelas que desejam melhorar a elasticidade e a aparência da mucosa vaginal.
Além disso, o tratamento pode ser indicado para ajudar na recuperação pós-parto e para aliviar desconfortos relacionados a cicatrizes vaginais.
Ainda de acordo com a especialista, um dos principais benefícios é a melhora significativa nos sintomas de ressecamento e desconforto vaginal, proporcionando um alívio considerável para as pacientes. “A gente consegue melhorar muito a secura vaginal, aumentando a lubrificação, principalmente, das mulheres que estão no puerpério e que vão retornar à rotina sexual, e daquelas que estão enfrentando a menopausa”, afirma.
A médica explica que o procedimento é conhecido por ter uma recuperação rápida e mínima, com a maioria das pacientes podendo retomar suas atividades normais logo após o tratamento. “O laser de CO2 íntimo é um procedimento seguro quando realizado por um profissional qualificado. No entanto, como com qualquer tratamento médico, é essencial discutir os potenciais riscos e benefícios com um especialista antes de decidir prosseguir”, ressalta.
O tratamento com laser de CO2 íntimo é realizado em consultório e normalmente não requer anestesia geral. “A maioria das pacientes relata uma sensação de desconforto mínimo durante o procedimento, semelhante a um leve calor ou formigamento, e o tempo de recuperação é curto, e os efeitos colaterais são raros e geralmente leves, como uma leve irritação ou vermelhidão temporária”, explica a médica.