síndrome do impostor

Síndrome do Impostor: como a autossabotagem pode atrapalhar o desenvolvimento profissional

Saúde

Psicóloga Ana Gabriela Andriani comenta como a Síndrome impossibilita o crescimento profissional

A Síndrome do Impostor significa um profundo sentimento de inferioridade, geralmente aparece em situações acadêmicas e empresariais, onde a pessoa se sente menos qualificada do que as outras, menos merecedora de reconhecimentos, de avaliações positivas, do lugar em qual elas ocupam e se consideram uma fraude.

Segundo o International Journal of Behavioral Science, mais de 70% das pessoas são afetadas por pensamentos impostores no ambiente de trabalho em algum momento de suas vidas, síndrome que acomete homens e mulheres, porém mais comum em mulheres.

As pessoas que apresentam os sintomas da síndrome do impostor podem apresentar altos níveis de estresse, esgotamentos, diminuição do desempenho no trabalho e baixa autoestima. Todos esses fatores podem acarretar quadros mais sérios da saúde mental, como ansiedade e depressão.

“Quando falamos de alguém que se sente um impostor, estamos falando de uma pessoa que possui uma dificuldade de reconhecer seus potenciais, conquistas e habilidades, tem um profundo sentimento de inferioridade em relação ao outro. É uma pessoa muito insegura!”

– Aponta a psicóloga Ana Gabriela Andriani.

O fato de se sentir incapaz ou ter medo de aceitar novos desafios, pode acarretar grandes consequências à vida profissional desse indivíduo, pois para crescer profissionalmente será preciso vivenciar riscos e ultrapassar barreiras, mas, a falta de percepção da realidade e do autoconhecimento pode fazer com que a síndrome atrapalhe esse desenvolvimento, pois a pessoa não reconhece o seu verdadeiro potencial e acha que não é merecedora de uma promoção, por exemplo. 

Outros sintomas presentes, são o sentimento de não pertencimento, procrastinação, ingratidão em relação a elogios, autocrítica e a comparação com o outro.

“A pessoa com a síndrome do impostor tem que recorrer a ajuda. É bom conversar com os familiares e amigos, contar o que sente, pois é comum que as pessoas nesse quadro não compartilhem com o outro aquilo que sentem, pois se identificam como uma fraude e possuem medo de serem descobertas. A outra busca é pelo caminho da psicoterapia, em que um psicólogo vai poder ajudar a entender a origem dessa insegurança excessiva e o sentimento de inferioridade “

– Finaliza Ana Gabriela Andriani.

Sobre Ana Gabriela Andriani – CRP 06/58907 

É psicóloga formada pela PUC- SP, Mestre e Doutora pela Unicamp, especialista em terapia de casal e família pela Northwestern University – EUA, especialista em Psicoterapia Breve pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, e membro Filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

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