Psoríase além da pele: Como cuidar e tratar da doença

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A psoríase é uma doença crônica da pele, não contagiosa, caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas. Sua causa é ainda desconhecida e embora exista uma predisposição familiar, não é necessariamente transmitida aos descendentes. Atinge homens e mulheres, em qualquer idade, podendo ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas acometendo grande área da superfície corporal.

Segundo a dermatologista Lais Dias, a psoríase está sujeita a melhora dos sintomas e a recaídas, relacionadas a diversos fatores: traumas (físico, químico, queimadura solar), infecções, estresse emocional, etc. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas e tronco, com lesões em ambos os lados do corpo.

“Acredita-se que ela se desenvolve quando os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) liberam substâncias inflamatórias que promovem dilatação dos vasos sanguíneos e dirigem outras células do sistema de defesa para pele, como neutrófilos. Este processo de ataque inflamatório à pele faz com que esta responda acelerando sua proliferação, o que resulta na descamação observada nas lesões. É importante alertar que a doença não é contagiosa”, explica a médica.

Sintomas:

Lais explica que cada paciente apresenta a doença de uma forma, mas podem incluir:

  • Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
  • Pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas.
  • Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
  • Coceira, queimação e dor;
  • Unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões);
  • Inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.

Em casos de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nos casos mais graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes.

Tratamento:

Cada tipo e gravidade de psoríase podem responder melhor a um tipo diferente de tratamento. “O que funciona bem para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra. Dessa forma, o tratamento da psoríase é individualizado”, ressalta a dermatologista.

Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da psoríase.

“O tratamento é essencial para manter uma boa qualidade de vida. Nos casos leves, hidratar a pele, aplicar medicamentos tópicos apenas na região das lesões e exposição solar orientada por dermatologista podem ser suficientes para melhorar o quadro clínico e promover o desaparecimento dos sintomas”.

Tipos de tratamento mais comuns:

  • Tratamento tópico: medicamentos em cremes e pomadas, aplicados diretamente na pele. Podem ser usados em conjunto com outras terapias ou isoladamente, em casos de psoríase leve.
  • Tratamentos sistêmicos: medicamentos em comprimidos ou injeções, geralmente indicados para pacientes com psoríase grave e/ou com artrite psoriásica ou nos pacientes que possuem psoríase leve resistente ao tratamento tópico ou fototerapia.
  • Tratamentos biológicos: medicamentos injetáveis, indicados para o tratamento de pacientes com psoríase grave.

A dermatologista ainda ressalta que a psoríase pode ter um grande impacto na qualidade de vida e na autoestima do paciente, o que pode piorar o quadro. Assim, o acompanhamento psicológico é indicado em alguns casos. “Outros fatores que impulsionam a melhora e até o desaparecimento dos sintomas são uma alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física. O paciente nunca deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação”

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