Especialista explica os motivos dessa sensibilidade e para quem pode ser indicado o tratamento
Feito pelo bem da saúde bucal e por questões estéticas, o clareamento dental é bastante utilizado por muitas pessoas. Mas, muitos sentem medo da sensibilidade e de um suposto prejuízo ao esmalte dos dentes. Por isso, evitam fazer o clareamento mesmo quando querem. No entanto, a comunidade científica garante a segurança desse tratamento.
Segundo a professora doutora do curso de Odontologia da Universidade Cruzeiro do Sul, Stella Ferreira do Amaral, esse procedimento estético é seguro e tem eficácia clínica comprovada, sendo o mais indicado para tratar dentes escurecidos. Contudo, ele pode, sim, provocar algumas sensações desagradáveis.
“Os dois principais efeitos adversos clinicamente detectáveis durante o clareamento dental são: a sensibilidade dental, causada pelo oxigênio reativo dos géis clareadores que atingem rapidamente o complexo dentino pulpar, podendo resultar em dor, e a irritação do tecido gengival, onde o contato direto do gel clareador com as mucosas orais (lábios, gengiva) pode causar uma queimadura química, devido ao potencial cáustico do produto, podendo gerar desconforto e úlceras na região”, afirma.
Com isso, a especialista lembra que há uma série de atitudes consideradas prejudiciais para a eficácia do tratamento. Por exemplo, tomar café logo após clarear os dentes. Segundo ela, trata-se de uma “dieta branca”, nome dado à restrição de alimentos coloridos durante o clareamento, mas que não precisa ser adotada.
“O paciente não precisa mudar sua dieta durante o tratamento, pois esta não irá influenciar no resultado final do clareamento”, afirma Stella. “O paciente deve seguir suas atividades normais após o clareamento, sem nenhuma restrição”, complementa.
Quem não pode fazer clareamento dentário?
Mesmo sendo eficaz, o clareamento está contraindicado para: pessoas grávidas, pessoas em período de amamentação, crianças, pacientes alérgicos a algum componente do produto e pacientes com lesão de cárie ativa.
“Áreas com dentina exposta, trincas de esmalte e restaurações com defeitos marginais, por exemplo, facilitam a difusão do peróxido e podem resultar em sensibilidade durante o tratamento. Nesses casos, o clareamento pode ser realizado desde que essas regiões sejam seladas previamente”, aponta Stella.
Por fim, a especialista ressalta que no caso das adolescentes, como apresentam dentes jovens, cabe a avaliação do profissional cirurgião-dentista para a indicação de produtos com baixa concentração a fim de garantir a segurança da saúde bucal do público, além de restringir o tempo de uso do produto.
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