A médica e professora especialista no assunto, Dra. Beatriz Tupinambá, explica
O climatério ainda é um assunto pouco falado e conhecido no universo feminino, mas muito presente na vida de milhões delas, principalmente entre as mais jovens. Afinal, quem aprende desde nova, que 10 anos antes do período da menopausa já se deve começar a acompanhar seus hormonios de perto? A perda na qualidade de vida é um dos pontos mais importantes, pois o climatério é um período de oscilação hormonal, que reflete diretamente no cotidiano agitado das mulheres.
”Não deveria haver romantismo quando o assunto é qualidade de vida das mulheres. Trabalhar muito, se sentir exausta e sem disposição, como a chamada ”mulher maravilha”, não deveria ser uma glória, e sim, um alerta para todas começarem a buscar o que há de errado. Afinal, isso vai refletir na felicidade delas e no rendimento durante o dia, e à noite, na qualidade do sono. Hoje, com todo o avanço da medicina e comprovações científicas sobre a saúde da mulher, preservar e manter o bem-estar deveriam ser prioridade, pois são as nossas maiores riquezas”, conta a médica Beatriz Tupinambá.
Os sintomas são explicitos e podem ser mensurados na rotina, como a qualidade do sono prejudicada, estar muito emotiva, cansaço extremo, alteração na mestruação, irritabilidade a flor da pele, falta de disposição, ansiedade, e perda de libido podem ser sinais de que a jovem ou mulher mais madura está no climatério. E sem tratar adequadamente, aquela sensação de nunca sair da TPM e estar ‘chata’ o tempo todo, já que há alteração hormonal constantemente, permanece sem previsão de acabar. Diferente da menopausa, já que o período não oscila os hormonios, eles apenas vão diminuindo.
Há dez anos, a Dra. Beatriz Tupinambá respira este universo dos hormonios da mulher, e além de ginecologista é também especialista em longevidade da medicina, climatério e menopausa e reprodução humana. Com o avanço da medicina sobre o assunto, ela vem fazendo um árduo trabalho de educar e conscientizar as mulheres de todo o mundo, mas principalmente no Brasil, de como elas podem ter qualidade de vida apenas com o conhecimento profundo sobre o funcionamento do seus corpos. Principalmente, dos hormonios. Além de seus canais nas redes sociais, ela criou uma metodologia inédita e completa para disseminar com mais intensidade seus conhecimentos atualizados sobre climatério e menopausa, chamado de ”Método Ressignifique”. Já são mais de 10 mil mulheres impactadas e com suas vidas transformadas.
Apesar de muitas acharem que a culpa está nos médicos, que não as orientam muito bem, 90% do tratamento está nas mãos da paciente, porque ela vai depender muito do entendimento dela com o assunto, autoconhecimento e comprometimento, que andam lado a lado com o tratamento médico.
”Eu coleciono depoimentos incríveis, e se todas as mulheres soubessem como é transformador, nenhuma iria adiar passar por esse sofrimento. Pensar que muitas nem sabem que climatério e menopausa são tratáveis me dá mais vontade de querer disseminar mais ainda as informações importantes. Existem casos em que as mulheres tomam ansiolíticos, mas depois descobrem que a depressão era causada pela menopausa, e conseguem tirar os remédios, e resgatar uma vida inimaginável. Outras recuperam suas libidos, e consequentemente, seus relacionamentos, que muitas vezes estão esfriados. As possibilidades dos benefícios dos tratamentos são iimensuráveis”, finaliza Betriz Tupinambá.