A gastrite é causada pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), que afeta mais da metade das pessoas no mundo, de forma sintomática ou silenciosa.
Segundo o Dr. Eric Pereira, gastroenterologista do Hospital e Clínica São Gonçalo (HCSG), a doença se caracteriza por uma inflamação do revestimento interno do estômago e causa grandes desconfortos, como queimação e dor intensa.
Além disso, a gastrite pode ser classificada como aguda, quando aparece por algum motivo específico, ou crônica, quando é recorrente e precisa de um tratamento contínuo para ser controlada.
“Uma outra causa comum é o uso de anti-inflamatórios e aspirinas, mas, em alguns casos, o motivo não é identificado”
– Alerta o médico, lembrando também que é mito que ansiedade causa gastrite.
“A ansiedade pode causar sintomas que a simulam, como a chamada dispepsia funcional, que só pode ser confirmada após todos os exames serem realizados”
– Afirma.
Entre os sintomas mais comuns, podemos enumerar azia, dores de estômago intensa, indigestão, sensação de estômago cheio após as refeições ou até mesmo a perda de apetite.
Para se obter o diagnóstico, o médico explica que o primeiro passo é ouvir a história detalhada do paciente na consulta, avaliando se os sintomas são atribuídos realmente à gastrite ou a outras doenças.
“Questionamos se o paciente fez uso recente de medicamentos, se tem passado cirúrgico e sinais de alarme. Para confirmar a gastrite, o principal exame é a endoscopia, que permite o diagnóstico e a coleta de biópsia”
– Explica.
Para o tratamento, o médico explica que é preciso a prescrição de medicação, para diminuir a produção de ácido no estômago, e medidas dietéticas.
“Se for encontrada a bactéria (H. pylori) e houver indicação do tratamento, é prescrito um kit com antibióticos”
– Complementa Dr. Eric.
O médico lembra ainda que a alimentação conta muito para evitar a doença e que é indicado evitar o consumo de alimentos gordurosos, condimentados, bebidas alcoólicas, além de cigarro e demais drogas, pois eles também podem gerar sintomas.