O pneumologista Dr. Flávio Arbex orienta sobre as principais formas de prevenção
Celebrado anualmente em 12 de novembro, o Dia Mundial da Pneumonia tem como objetivo alertar a população sobre sintomas, formas de transmissão e principais tratamentos da doença. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, a poluição do ar, seja exterior ou no ambiente doméstico, costuma contribuir para o desenvolvimento dos quadros.
“Na atmosfera externa, os principais responsáveis são os poluentes emitidos por indústrias, automóveis e queimadas, enquanto no interior das casas existe um risco aumentado nas vezes em que são utilizados combustíveis ou tecnologias poluentes para cozinhar, aquecer e iluminar, como os fornos a lenha, por exemplo. Pessoas muito jovens e muito velhas estão entre os grupos de risco mais suscetíveis ao problema”, comenta o pneumologista.
Dr. Flávio também explica que a bactéria responsável pela pneumonia está naturalmente presente no corpo humano, contudo, independentemente da causa, ao perder os mecanismos de defesa, abre-se espaço para a evolução da doença, o que facilita a sua transmissão de forma aspirativa. “O paciente afetado pela pneumonia também costuma perder os aspectos de proteção da via área, o que leva a uma maior exposição aos micro-organismos causadores da enfermidade”.
Os principais sintomas clínicos incluem febre, mal-estar geral, falta de ar, dor torácica e tosse com produção de expectoração. “Importante destacar que o ar é apenas uma forma de propagação da doença, que pode ser adquirida por saliva, secreções, transfusão de sangue ou, durante o inverno, por mudanças bruscas de temperatura. Lembrando que tabagismo, consumo excessivo de álcool e alimentação inadequada interferem no sistema imunológico e tornam o organismo mais suscetível a doença”, diz Dr. Flávio.
Formas de prevenção
O pneumologista destaca a existência das vacinas capazes de proteger a população contra a pneumonia, que podem ser aplicadas tanto em menores de 2 anos, quanto nas pessoas acima dos 60.
“O imunizante conhecido como pneumo 23 pode ser encontrado em postos públicos e é especialmente recomendado para pacientes com condições específicas, como: infecção pelo HIV; doença pulmonar ou cardiovascular crônica grave; insuficiência renal crônica; síndrome nefrótica; diabetes mellitus insulinodependente; cirrose hepática; e pacientes com imunodeficiências”, diz Dr. Flávio.
Já a vacina pneumo 15 está disponível exclusivamente nas redes privadas e, embora também possa ser aplicada em adultos, costuma ser mais recomendada para a proteção de crianças e adolescentes entre 6 semanas e 17 anos de idade.
O especialista comenta ainda que outras formas de prevenção eficientes incluem lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações caso haja constatação de baixa imunidade e manter uma regular higienização dos ambientes domésticos, principalmente do ar-condicionado.
Quem é Dr. Flávio Ferlin Arbex?
Especialista em pneumologia, Flavio Ferlin Arbex é médico e doutor pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), instituição na qual também realizou residência em clínica médica e pneumologia.
Atualmente, é professor de Pneumologia da UNIARA e Coordenador da Enfermaria Covid da Santa Casa de Araraquara, além de membro das Sociedades Paulista e Brasileira de Pneumologia (SPPT e SBPT) e das Sociedades Americana e Europeia de Pneumologia (ATS e ERS).