Biscoitos, carne processada, embutidos, sucos, refrigerante, macarrão instantâneo e mais uma quantidade incontável de alimentos industrializados. Eles ocupam, disparadamente, a maioria das prateleiras dos supermercados. Isso, é claro, ajuda a fortalecer o consumo em massa desses produtos. E, ao mesmo tempo, explicam por que há um forte sinal de alerta sobre os seus malefícios para a saúde.
Antes, porém, é preciso explicar o que são os chamados alimentos ultraprocessados. Aliás, o próprio nome responde por si. Eles se referem a alimentos que saem da sua condição in natura e que passam por um forte processo de processamentos industriais, que dão cheiro, cor, textura e sabor próprios. Suas composições em geral são ricas em sódio, gordura, açúcar, extratos e substâncias muitas vezes produzidas artificialmente.
Ou seja, são ingredientes que oferecem uma dieta pobre de nutrientes importantes para o organismo e que provocam malefícios perigosos à saúde. Os principais problemas de quem os consome com enorme frequência são a obesidade, alterações de humor e, em casos mais graves, doenças cardiovasculares e diabetes. Também há constatações de que o consumo dos alimentos industrializados interferem na cognição, visto que a escassez de nutrientes debilita a capacidade cerebral, afetando o raciocínio e a memória.
Também já há evidências de que os processados provocam inflamações e inflamações gastrointestinais, que inclusive podem indicar uma doença mais séria, como câncer colorretal. Os sintomas mais comuns de inflamação são vômito, febre, náuseas, dores de cabeça, diarreia e perda de apetite. O ideal é mudar hábitos de vida e fazer boas escolhas, recorrendo a uma dieta mais natural e saudável, e hidratar-se bastante com um consumo adequado de água.
Mas não há dúvida de que o maior desafio não é atender a essas enfermidades, mas de estimular a população a consumir diariamente alimentos naturais, como verduras, legumes e frutas. Isso porque o uso de alimentos processados tornou-se prática cultural na grande maioria das sociedades, dada a praticidade e a sedução que esses produtos provocam pelo sabor. São eles que explicam, por exemplo, o aumento da obesidade em todo o mundo, inclusive no Brasil. Portanto, seu potencial de destruição é de larga escala, gerando problemas que afetam e provocam a preocupação de sociedade e, em particular, dos órgãos sanitários.