Dr. Elizeu B. Neto, médico urologista, explica como os homens podem manter a saúde urinária e sexual em dia, destacando a importância da prevenção e de um estilo de vida saudável.
Com o passar dos anos, é comum que os homens enfrentem mudanças significativas em sua saúde, especialmente em relação às condições urológicas. Manter a saúde urinária e sexual é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida durante o envelhecimento. O Dr. Elizeu B. Neto, urologista especialista em saúde masculina, destaca as principais mudanças que ocorrem ao longo do tempo e oferece orientações importantes sobre como os homens podem cuidar melhor de si mesmos à medida que envelhecem.
A partir dos 40 anos, muitos homens começam a notar mudanças na função urinária. De acordo com o Dr. Elizeu, “é comum que os homens experimentem sintomas como aumento da frequência urinária, dificuldade para urinar e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Esses sintomas estão frequentemente associados ao crescimento benigno da próstata, também conhecido como hiperplasia prostática benigna (HPB)”. Essa condição afeta cerca de 50% dos homens aos 60 anos e mais de 80% aos 80 anos.
Ainda segundo o especialista, embora a HPB seja uma condição benigna, os sintomas podem prejudicar bastante o dia a dia dos pacientes. “O crescimento da próstata pode comprimir a uretra, dificultando a passagem da urina e levando a complicações, como infecções urinárias e, em casos mais graves, insuficiência renal”, alerta Dr. Elizeu.
Para prevenir ou minimizar os impactos dessa condição, o médico recomenda consultas regulares com um urologista a partir dos 50 anos ou antes, caso haja histórico familiar de doenças urológicas. “Existem tratamentos disponíveis, desde mudanças no estilo de vida e medicamentos até intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade da HPB”, explica.
O envelhecimento também impacta a função sexual dos homens. Um dos fatores mais comuns é a queda nos níveis de testosterona, o principal hormônio masculino. “A testosterona começa a diminuir progressivamente a partir dos 30 anos, mas essa redução é mais notável após os 50. A baixa testosterona pode levar a uma diminuição do desejo sexual, disfunção erétil, fadiga e perda de massa muscular”, afirma o Dr. Elizeu.
Ele destaca que, embora a disfunção erétil seja muitas vezes relacionada ao envelhecimento, ela não deve ser vista como uma consequência inevitável da idade. “Problemas de ereção podem estar associados a condições de saúde subjacentes, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, que também aumentam com a idade”, explica. “Por isso, é fundamental que os homens façam avaliações regulares da saúde para detectar e tratar essas condições precocemente.”
Manter um estilo de vida saudável é uma das melhores maneiras de preservar a saúde urológica e sexual ao longo do tempo. “Uma alimentação balanceada, rica em frutas, vegetais e fibras, associada à prática regular de exercícios físicos, ajuda a prevenir doenças como diabetes e obesidade, que estão diretamente relacionadas à disfunção erétil e outras condições urológicas”, aconselha Dr. Elizeu.
Além disso, o especialista enfatiza a importância de evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, que podem agravar problemas urinários e sexuais. “O cigarro, por exemplo, está fortemente associado ao câncer de bexiga e disfunção erétil, enquanto o álcool em excesso pode impactar negativamente a saúde do fígado e os níveis hormonais”, adverte.
