Sedentarismo é a causa de diversas doenças como diabetes, infarto e AVC; saiba como mudar
O brasileiro está cada vez mais parado. Com o isolamento social e mudanças de hábitos ao longo do período de pandemia, foi agravada uma tendência que já era percebida no país: o sedentarismo. Segundo a Covitel, pesquisa realizada pela Vital Strategies e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a inatividade física aumentou 40,6% desde o fim do lockdown, até 2022.
Para a pesquisa, a inatividade física inclui o grau de movimento em todos os tipos de atividade, desde aquelas características ao trabalho, até as realizadas no ambiente doméstico, nos períodos de lazer e na prática efetiva de exercícios físicos. Um recorte dessa realidade mostra que antes da pandemia, 38,6% dos brasileiros realizavam cerca de 150 minutos de exercícios, taxa que caiu para 30,3%, após o isolamento social.
O principal problema por trás do sedentarismo são as diversas doenças crônicas não transmissíveis a que o indivíduo fica submetido. No dia Mundial de Combate ao Sedentarismo (10), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, localizada no litoral paulista, alerta para os perigos da falta de atividade física regular.
“Hábitos sedentários afetam a saúde física e mental, interferindo diretamente em vários sistemas metabólicos. Isso aumenta, consideravelmente, as chances de desenvolver doenças crônicas e outras condições, como diabetes, hipertensão, infarto, AVC, alguns tipos de cânceres, osteoporose, estresse, ansiedade e depressão”
– Destaca Carlos Alberto de Oliveira Filho, médico e diretor Clínico da unidade.
A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.
Além das doenças relacionadas, o médico também lembra que o corpo também sofre alterações e dificuldades causadas pelo sedentarismo, como a perda de massa muscular, enfraquecimento ósseo, baixa imunidade, desequilíbrio hormonal e alterações no sono.
O resultado disso é menos qualidade de vida e mortalidade precoce, que já soma 300 mil pessoas por ano no Brasil, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
6 dicas práticas para deixar o mau hábito de lado
- Faça atividades como andar de bicicleta, natação, vôlei, boxe e afins, sempre com a tenção à intensidade e regularidade;
- Encontre um treino online que te agrade para fazer em casa;
- Faça caminhadas pelo bairro;
- Tenha alguns acessórios de treino em casa, como pesos de mão, faixas elásticas e/ou bola suíça;
- Prefira usar escadas ao elevador;
- Se possível, aproveite a hora do almoço para dar uma volta;
“O ideal é também realizar check-ups regulares para identificar possíveis predisposições a doenças, e restrições para certos tipos de atividades físicas, conforme avaliação médica. Após liberação, é importante respeitar seu limite nessa etapa de adaptação. Por isso a caminha é uma boa opção para quem está começando, já que a prática é leve e promove a redução do estresse”
– Orienta Carlos Alberto.