A dermatologista Dra. Natássia Pizani explica formas de identificar o problema e fornece dicas de proteção
O Brasil é um país conhecido por registrar altas temperaturas durante todo o ano, contudo, o verão ainda tende a se mostrar uma estação com calor e exposição solar acima da média. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a campanha Dezembro Laranja, que tem como objetivo conscientizar toda a população sobre a atenção e os cuidados necessários contra o câncer de pele.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o câncer de pele é o tipo de neoplasia mais comum entre os brasileiros, representando 33% de todos os diagnósticos da doença. A dermatologista Dra. Natássia Pizani explica que o tumor é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõe a pele e pode ainda ser subdivido em três diferentes tipos.
“O mais prevalente deles é o carcinoma basocelular, que costuma surgir em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Já o carcinoma espinocelular pode se desenvolver em todas as partes do corpo, enquanto o tipo menos frequente, mas com maior índice de letalidade, é o melanoma. Em todos os casos, as chances de cura são altas caso haja um diagnóstico precoce”, diz Dra. Natássia.
Como identificar e formas de prevenção
A especialista alerta que o câncer de pele se manifesta principalmente pelo surgimento de manchas que coçam, descamam ou até mesmo sangram. “Outras manifestações incluem ainda os sinais ou as pintas que mudam de tamanho, forma ou cor, além de feridas que não cicatrizem em até quatro semanas”.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destaca a “regra do ABCDE”, com cinco aspectos de observação que podem indicar se uma lesão é suspeita, sendo: assimetria; bordas irregulares; cor (duas ou mais cores); diâmetro (maior que 5 milímetros); e evolução (mudança de tamanho, forma e cor). “Ao notar qualquer uma dessas características, a recomendação é procurar atendimento dermatológico para receber um preciso diagnóstico e tratamento adequado”, diz Dra. Natássia.
Já as formas de prevenção incluem: a aplicação de protetor solar FPS 30, ou maior, diariamente; uso de camisetas, chapéus, bonés e quaisquer outros itens que possam proteger a pele do sol; a utilização de óculos de sol com proteção UV; e, se possível, evitar a exposição solar entre 9h e 15h.
A dermatologista reforça que o Brasil é um país de clima tropical e que convive com altas exposições solares praticamente o ano inteiro. “Um aspecto que demanda cuidados diários com a pele não apenas no verão, já que até mesmo durante o inverno, ou em períodos mais nublados, os raios solares causam prejuízos a saúde da derme”.
Quem é Dra. Natássia Pizani?
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Dra. Natássia Pizani possui Graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense, instituição em que também realizou a sua residência médica.
Pizani já atuou no Hospital Universitário Antônio Pedro, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no departamento de dermatologia/dermatoscopia do Instituto Nacional do Câncer (Inca RJ) e no setor de Dermatologia do Hospital Santa Maria – Universisade de Lisboa – Lisboa, Portugal.
Atualmente atende em clínica própria e prioriza a dermatologia clínica, com ênfase em doenças do couro cabeludo e doenças inflamatórias da pele, além da dermatologia estética, com tratamentos minimamente invasivos de rejuvenescimento que respeitam a individualidade.