Professora Jéssica Zuzi, especialista em Neurociência Educacional, destaca como experiências educativas na infância moldam o desenvolvimento cognitivo e social das crianças
A educação infantil é fundamental para o desenvolvimento social e cognitivo das crianças, moldando seu futuro e impactando diretamente o progresso do país. Dados do IBGE mostram que cerca de 3,6 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola no Brasil, uma situação alarmante que exige soluções urgentes.
A professora Jéssica Zuzi, especialista em Neurociência Educacional, destaca que a educação na infância é muito mais do que um processo de transmissão de informações. “Nos primeiros anos de vida, o cérebro humano é extremamente plástico, ou seja, ele está em constante formação e adaptação. Nesse período, as experiências educacionais são essenciais para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e motoras.”
Segundo Jéssica, uma educação de qualidade, que envolve estímulos adequados, pode moldar as capacidades de aprendizado ao longo de toda a vida. “A neurociência educacional nos mostra que as crianças que têm acesso a uma educação estimulante, que respeita seu ritmo de desenvolvimento, desenvolvem melhor sua capacidade de resolver problemas, de lidar com as emoções e de interagir com o mundo ao seu redor”, explica.
O impacto da educação infantil não se limita ao desenvolvimento acadêmico. Crianças bem-educadas têm menos chances de abandonar a escola no futuro, se envolvem menos em comportamentos de risco e tendem a ter uma vida mais saudável e produtiva. “Quando uma criança é bem educada, ela não só melhora sua própria vida, mas também transforma sua comunidade, impactando positivamente o entorno onde vive”, completa a professora.
Relatórios da Unesco apontam que 30% das crianças com até 8 anos enfrentam dificuldades de alfabetização, um desafio que afeta suas oportunidades futuras. Jéssica reforça que “investir em educação infantil é garantir que o Brasil tenha um futuro mais justo, produtivo e próspero.”